Vim compartilhar algumas coisas que aprendi ao ler as cartas anuais que o Warren Buffett escreveu para os investidores da Berkshire Hathaway.
O compilado que li traz as cartas de 1965 até 2021. E o que você encontra lá não é o tipo de conteúdo que aparece nos posts virais que mostram o Warren investidor.
Nas cartas você conhece o Warren ser humano, marido, pai, empresário e, por fim, investidor. Abaixo estão os pontos que mais me marcaram nessa jornada de mais de meio século.
obs: os comentários entre aspas são traduções livres que eu mesmo fiz do texto original, que é em inglês”.
1 - Não perca o senso de humor.
A 1ª coisa que você percebe quando lê o report de uma empresa pública é que a linguagem vai ser genérica e impessoal. Warren raramente é genérico e, muito menos, impessoal na sua escrita.
E isso serve como encorajamento para todos que veem o mundo corporativo como um mundo sem sal tenham coragem de se expressar.
Falando sobre a onda irracional de M&As dos anos 80, ele comenta “A emoção da perseguição cegou os perseguidores para as consequências da captura. As observações de Pascal parecem apropriadas: ´Fiquei impressionado com o fato de que todos os infortúnios dos homens decorrem de uma única causa: eles são incapazes de ficar quietos em um quarto´.”
Como disse, nada genérico e nada impessoal.
A seguir, uma das passagens mais criativas para lidar com um tabu: o jato executivo de 6,7 milhões de dólares que ele comprou para a Berkshire nos anos 90.
“A noção do Charlie (sócio de Warren) de viajar com estilo é um ônibus com ar condicionado, um luxo que ele se permite somente quando as tarifas estão baixas. Minha própria atitude em relação ao Jato pode ser resumida na prece atribuída, de maneira certamente duvidosa, a St Agostinho ao contemplar deixar os prazeres da vida secular para se tornar um padre: Me ajude deus, a tornar-me casto - mas não agora.
Nomear o jato não foi fácil. Eu sugeri ‘Charles T. Munger’. Charlie propôs ‘A Aberração’. Nós finalmente concordamos em ‘O Indefensável’.”
2 - Repita.
As cartas tem o mesmo começo por décadas. É um copia e cola que nasceu muito antes do Ctrl+C e Ctrl+V. Mais do que pura repetição (que é o que pode parecer para quem vê a árvore) essa prática de reaproveitar parte relevante das cartas captura a essência do Warren: foco, consistência e eficiência.
Não é sobre criar, criar e criar. É sobre criar, melhorar, escalar.
carta de 1985: Nosso ganho em Patrimônio Líquido durante o ano foi $613,6 milhões, ou 48,2%… Nosso ganho em book-value por ação nos últimos 20 anos, (ou seja, desde quando a atual gestão tomou conta da empresa), foi de $19,46 para $1.643,71, ou 23,2% composto ao ano.
carta de 2018: O ganho de Patrimônio Líquido da Berkshire em 2017 foi de $65,3 bilhões, o que aumentou o book-value de ambas as ações A e B em 23%. Durante os últimos 53 anos anos (ou seja, desde quando a atual gestão tomou conta da empresa), o book-value por ação subiu de $19 para $211.750, uma taxa de 19,1% composto ao ano.
3 - Transparência e confiança.
Warren entendeu desde o começo que o segredo dos negócios é a confiança. Crédito, no limite, é confiança. E o principal negócio da Berkshire, seguros, é sobre crédito.
E ele entendeu melhor do que ninguém como o segredo da confiança está na transparência. No melhor exemplo de Jim Collins “olhe para o espelho para buscar a responsabilidade dos erros e para a janela para buscar os responsáveis pelos acertos”, Warren sempre fala dos seus principais erros do ano, tanto os de comissão (que ele errou por tomar iniciativa) como os por omissão (que ele errou por não ter tomado iniciativa).
Sobre a demora em sair do segmento têxtil “Seu Chairman cometeu um erro custoso em não aceitar a realidade da situação antes”.
E confiar é uma via de mão dupla. Ele não apenas se mostra digno de confiança e crédito pela sua transparência, caráter e Balanço Patrimonial à prova de balas (A Berkshire não é uma empresa alavancada e ele comenta várias vezes que o ganho marginal de poder aplicar mais dinheiro por meio de dívida não vale (i) o sono dele e (ii) solidez de um balanço debt free.
Uma vez que ele confia, ele confia. Não foram poucas as empresas que ele comprou depois de conversar com o fundador, sem fazer uma auditoria ou coisa do tipo.
Sobre a compra da primeira seguradora de Berkshire “Jack gostou da ideia de fazer negócios com a Berkshire, e nós compramos sua operação em 1967, demorou 15 minutos para chegarmos em um aperto de mãos. Eu nunca pedi uma auditoria.”
Depois da compra da Fechheimer (1986) “Você talvez fique surpreso pois nem eu nem o Charlie fomos a Cincinnati, sede da Fechheimer, para ver a operação deles. E, acidentalmente, isso funciona do outro lado: Chuck Huggins, que faz a gestão da See’s (outra empresa do portfólio) por 15 anos nunca visitou Omaha”.
4 - Agradeça
Voltando para a ideia do espelho e da janela, vamos falar dos acertos. É raro, muito raro, ele falar dos acertos dele.
É comum, muito comum, ele elogiar seu time. Especialmente ao Charlie, seu sócio, e aos executivos das empresas que a Berkshire investiu.
Carta de 1996 “Davy (da GEICO, uma das principais empresas do portfólio da Berkshire) foi um dos meus herois durante os 45 anos que o conheci. Você deveria compreender que a Berkshire não estaria onde está hoje se Davy não tivesse sido tão generoso com o tempo dele naquele sábado gelado de 1951. Eu costumo agradecê-lo de maneira privada, mas senti que era justo agradecê-lo em publico aqui, em nome dos acionistas da Berkshire”.
5 - Agradeça mais
Ainda na metáfora do espelho, Warren raramente se gaba das suas conquistas. Ele nem mesmo se vê como merecedor disso tudo. Não são poucas as vezes que ele atribui o sucesso dele ao fato de ter nascido nos EUA, em uma boa família e em um momento histórico propício para a alocação de capital.
Carta de 2006: “Charlie e eu somos extraordinariamente sortudos. Nós nascemos nos Estados Unidos; tivemos pais excelentes que nos proporcionaram uma boa educação; aproveitamos famílias incríveis e uma saúde excelente; viemos equipados com um gene de negócios que nos permite prosperar de maneira extremamente desproporcional a outras pessoas que colaboram tanto quanto ou mais para o bem estar da nossa sociedade.”
6 - Pé (enfiado) no chão
A Berkshire é uma corporação. Um conglomerado. Uma empresa que tem várias empresas. O total de funcionários de suas investidas, ou seja, o time que escolhe os investimentos etc., por anos não passou de 15 pessoas que ocupavam um único andar de um prédio comercial.
Ao mesmo tempo, a Berkshire emprega cerca de 300 mil colaboradores através de suas investidas.
Carta de 1995 sobre o incremento de pessoas no escritório central depois de uma aquisição de 3 empresas com mais de 11 mil funcionários. - “Ainda que essas 3 operações empreguem mais de 11 mil pessoas, nosso escritório corporativo cresceu apenas de 11 para 12 pessoas. Não faz sentido meter o louco (em inglês: no sense going crazy)”.
7 - Entenda pessoas
Se tem uma coisa que Warren não faz vista grossa é para conflitos de interesses.
Um exemplo que ele traz algumas vezes é o do conselheiro independente como supra sumo da governança corporativa. Algo que, na visão dele, é uma bizarrice sem tamanho e um grande sintoma do problema de agência entre a gestão e os acionistas. Para entender isso melhor, responda você mesmo:
Quem é mais independente e tem mais chances de tomar decisões pró acionistas e questionar o CEO quando necessário:
(A) O investidor com patrimônio relevante investido na empresa e que só ganha com os crescentes lucros do negócio (e perde com a falta desse crescimento econômico).
(B) O conselheiro que tem um salário gordo pago pela empresa e que, logo, depende de uma relação política com o CEO. Ah, e ele não compra as suas ações, ele as ganha…
8 - O que ninguém fala
Warren é conhecido como um grande investidor da bolsa de valores. Mas ele, na verdade, é um empresário mais do que um investidor. Boa parte do seu portfólio são de empresas privadas, ou seja, que não tem ações na bolsa.
Além disso, o pulo do gato não é apenas investir bem o dinheiro. O pulo do gato é usar o Float das empresas de seguro - o dinheiro que não é dele, mas está com ele, assim como a sua Conta Corrente está com o banco, mas não é dele. Ele consegue ganhar dinheiro para investir dinheiro.
Existem mais de 20 citações nas linhas dessa: 2011 “Nós vamos nos beneficiar tanto quanto se alguém depositasse 66 bilhões de dólares na nossa conta e nos pagasse uma taxa para segurar esse dinheiro e ainda nos permitisse investir os fundos para benefícios próprio.”
Além disso, o Float permiteque ele aplique mais e mais. Gerando um ciclo virtuoso raramente visto no mundo dos negócios. Ele pega dinheiro muito barato em quantidades cada vez maiores e investe extraordinariamente bem.
9 - Simples
Antes de terminar essa resenha, talvez a grande coisa do Warren e da Berkshire tenham sido trocar complicado pelo simples (no melhor estilo do simples como “último grau de sofisticação”).
Algumas coisas simples (e extremamente verdadeiras) sobre negócios.
1977 - “É reconfortante estar em um negócio onde alguns erros podem ser cometidos e, mesmo assim, uma performance significativamente satisfatória pode ser conquistada”.
1979 - “Tanto a nossa experiência como executivo e como investidor nos levam a concluir que “turnarounds” raramente viram, e que as mesmas energias e talentos seriam melhor investidos em um bom negócio comprado a um preço justo do que em um negócio ruim comprado a um preço bom”.
1979 - “Nossa empresa roda no principio de centralização das tomadas de decisão de investimento no topo (no topo do topo, na verdade), e delegação extrema de autoridade operacional para executivos chave no nível da empresa ou da unidade de negócio…. Isso elimina grandes camadas de custos e agiliza muito a tomada de decisão”
1980 - “Nossa conclusão é que, com poucas exceções, quando uma gestão com reputação de brilhantismo ataca uma empresa com reputação ter um modelo de negócios ruim, é a reputação do negócio que permanece intacta.”
1980 - “As previsões vão te dizer muito sobre quem tá prevendo e quase nada sobre o futuro.”
1982 sobre Charlie e Warren morarem em regiões diferentes - “A distancia não nos atrapalha em nada: nós sempre acreditamos que um telefonema é mais produtivo do que uma reunião de comitê que dura meio dia”
1984 - “A maioria dos gestores - leia funcionários como um todo - tem pouquíssimos incentivos para tomar decisões inteligentes-mas-com-alguma-chance-de-parecer-uma-decisão-estupida”.
1985 - “Um cavalo que conta até 10 é um cavalo extraordinário, não um matemático extraordinário. Da mesma forma, uma indústria têxtil que aloca capital de maneira brilhante dentro dessa indústria é uma indústria têxtil extraordinária, mas não um negócio extraordinário.”
1985 - “Inevitavelmente, claro, bons gestores cometerão erros de negócio e buscarão aprender boas lições com eles. Mas o truque é aprender o máximo de lições com a experiência dos outros. Gestores que aprenderam muito com experiência própria no passado estão predestinados a aprender muito com experiência própria no futuro”. - Isso é genial, e não óbvio de entender… Aprenda a aprender com os outros.
1985 - “Não importa quanto grande seu talento ou esforço seja, algumas coisas levam tempo. Você não pode produzir um bebê em um mês deixando nove mulheres grávidas”.
1987 - “Uma das ironias do capitalismo é que os gestores em industrias de commodities odeiam situações de falta - ainda que essas sejam as únicas circunstâncias permitindo que eles tenham bons retornos. Sempre que há falta o gestor tradicional não consegue esperar para aumentar a capacidade, assim fechando o buraco por onde o dinheiro chega nele… Isso confirma a observação de Disraeli: o que aprendemos da História é o que não aprendemos com a história”.
1988 - “Tem sido mais seguro roubar grandes somas com uma caneta do que pequenas somas com uma arma”.
1988 - sobre aposentar gestores excelentes por idade - “Gestores extraordinários são raros demais para serem descartados simplesmente porque um bolo fica lotado de velas… É difícil ensinar um cachorro novo truques velhos”.
1989 - “Charlie e eu não aprendemos a resolver difíceis problemas de negócio. O que aprendemos foi a evitá-los… Normalmente é muito mais lucrativo com o simples e óbvio do que resolver o difícil”.
1989 - “Minha descoberta mais surpreendente: a incrível importância nos negócios de uma força invisível que podemos chamar do imperativo institucional… Eu achava que gestores decentes, inteligentes e experientes iriam, naturalmente, tomar decisões de negócios racionais. Mas aprendi com o tempo que isso não acontece. Ao contrário, a racionalidade normalmente morre quando o imperativo institucional aparece”. O imperativo institucional é o famoso, “vou fazer porque estão fazendo”.
1991 - “Nós acreditamos que investidores podem se beneficiar em focar no look-through earnings. Para calculá-los você deve determinar o lucro atribuível para as ações que você tem em carteira e somá-los. O objetivo de cada investidor deveria ser criar um portfolio que vai lhe entregar o maior look-through earnings possível em mais ou menos uma década”.
1991 - “Tipicamente, nossos erros mais flagrantes recaem na categoria de erros por omissão, não por comissão. Erros por omissão podem poupar eu e o Charlie de situações embaraçosas, já que vocês não os veem; mas a sua invisibilidade não reduz o seu custo”.
1992 - citação de Santyana “fanatismo consiste em redobrar os seus esforços quando você esqueceu do que está buscando”.
1993 - sobre a diferença entre acadêmicos de finanças e investidores “Na sua ânsia por uma única estatística para medir risco, entretanto, eles se esqueceram de um princípio fundamental: é melhor estar aproximadamente certo do que precisamente errado. Para donos de empresas (é assim que pensamos em acionistas), a definição dos acadêmicos para risco é muito fora da marca, tanto que produz absurdos. Por exemplo, na teoria de Beta, a ação que caiu de maneira mais rápida comparada ao mercado - como foi o caso do Washington Post quando o compramos em 1973 - fica mais arriscada no preço mais baixo do que ela era no preço mais alto”.
1994 - “Ben Graham me ensinou há 45 anos atrás que em investimentos não é necessário fazer coisas extraordinárias para ter resultados extraordinários. Mais tarde na vida eu me surpreendi ao perceber que o mesmo princípio é verdadeiro para gestão de negócios também. O que um bom gestor deve fazer é o básico bem feito e não se distrair”.
1996 - “Caso você queira montar seu portfólio, tem algumas ideias que valem ser lembradas. Investimento inteligente não é complexo, embora isso esteja bem longe de dizer que é fácil… Você só deve ser capaz de avaliar empresas dentro do seu circulo de competências. O tamanho do seu círculo de competências pouco importa; saber os seus limites, por outro lado, é vital”.
1997 - “Então sorria quando você ler manchetes dizendo ‘investidores perdem quando o mercado cai’. Edite em sua mente para ‘desinvestidores perdem quando o mercado cai’.”
2003 - “Assessores de investimento muitas vezes lucram mais ao empilhar ativos do que ao gerir bem esses ativos. Então quando um deles te disser que mais fundos não vão atrapalhar a performance financeira dele, dê um passo para trás: o nariz dele está prestes a crescer.”
2004 - sobre a mágica da Berkshire “Seguros nos proporcionaram uma fonte de fundos que usamos para investir em ativos financeiros e negócios que hoje nos dão uma variedade cada vez mais ampla de fontes de renda”.
2004 - citação de Keynes “A sabedoria do mundo nos diz que é melhor para sua reputação falhar convencionalmente do que ter sucesso de maneira inconvencional”.
2006 - sobre o convencional 2-20 cobrado pelos fundos “quando uma pessoa com experiência propõe um negócio à uma pessoa com dinheiro, geralmente a pessoa com dinheiro fica com experiência e a pessoa com experiência fica com dinheiro”.
2006 - crítica sobre os acadêmicos que defendem a teoria do mercado eficiente - “Ao invés de abrirem a cabeça, eles fecharam os olhos”.
2008 - “fique esperto quando colocarem letras gregas em fórmulas matemáticas”.
2009 - “Membros do conselho deveriam contratar um 2º advisor para defender a posição contra a aquisição proposta, com o fee dependendo do deal não ir para frente. Sem esse remédio drástico, nossa recomendação em respeito ao uso de advisors de M&A se mantém: não pergunte ao barbeiro se você precisa cortar o cabelo.”
2010 - sobre não se alavancar “O princípio fundamental das corridas de carro é que para terminar em 1º lugar você precisa, em 1º lugar, terminar."… “Muitas pessoas ficaram ricas usando dinheiro emprestado, mas essa também é uma forma de ficar muito pobre.”
2013 - “Quando te prometerem lucro rápido responda com um rápido ‘não’.”
Carta avulsa - “É inteiramente previsível que pessoas vão ocasionalmente entrar em pânico, mas não é previsível quando isso vai acontecer.”
Carta avulsa - “ Meu sucessor vai precisar de mais uma força em particular: a habilidade de lutar contra o ABC da decadência dos negócios, que são Arrogância, Burocracia e Complacência.”
2016 - “TODAS as famílias do meu bairro de classe média alta regularmente curtem um estilo de vida melhor do que foi atingido por John D Rockefeller Sr. quando eu era criança. Sua fortuna sem paralelos não podia comprar o que hoje temos como normal, ainda que o tema seja transporte, entretenimento, comunicação ou serviços médicos. Rockefeller certamente tinha poder e fama; ele não podia, ainda assim, viver tão bem quanto meus vizinhos.”
2016 - “Poucos americanos entendem a ligação entre produtividade e prosperidade” Ele segue em alguns parágrafos o que vou resumir aqui… Isso me faz arrepiar, sério kkk.
Em 1900 os EUA tinham 28 milhões de trabalhadores. 11 milhões (40%) trabalhavam no campo. A maior colheira era de milho. 90 milhões de acres eram dedicados à produção de milho. A resultado por acre era de 30 bushels (unidade de medida). Total de produção anual: 2,7 bilhões de bushels.
Hoje os EUA tem 85 milhões de acres dedicados à plantação de milho. São mais de 150 bushels por acre. Total de produção anual: 13 - 14 bilhões de bushels. Apenas 3 milhões de pessoas trablham no campo hoje.
Assim, melhorando métodos de produção na fazenda permitiu que dezenas de milhões de trabalhadores utilizem seu tempo e talentos em outras iniciativas.
2016 - Sobre como você nem sempre precisa começar antes para ter o melhor “Ainda que o pássaro da manhã pegue a minhoca, é o segundo rato que pega o queijo - o 1º fica na ratoeira”.
2017 - uma provocação aos investidores ativos (especialmente fundos com altas taxas) - “Eu apostei 500.000 dólares que nenhum investidor profissional conseguiria escolher 5 fundos de investimento hedge que por um período grande de tempo poderiam bater um fundo que replicasse o S&P 500 com baixas taxas. Escolhi o período de 10 anos e escolhi um fundo da Vanguard de baixo custo… Apenas uma pessoa topou o desafio - Ted Seides… Aqui está o resultado de 9 anos de aposta.”
Na carta do ano seguinte ele fecha a aposta, e ganha. E comenta o quanto os gestores dos fundos ganharam dinheiro em cima dos seus investidores ao invés de para os seus investidores. A aposta foi feita por uma plataforma super interessante, financiada pelo Jeff Bezos. Dá uma olhada.
2020 - “Você não é premiado com pontos no mundo dos negócios por ‘nível de dificuldade’. Além disso, como Ronald Regan nos disse: ‘dizem que trabalho duro nunca matou ninguém, mas eu digo, porque tentar’?
2020 - daquilo que vale para Wall Street (e Faria Lima) - “Ativos produtivos, como fazendas, imóveis, e sim, negócios, produzem riqueza - muita riqueza. A maioria dos donos dos ativos produtivos vai ser recompensada. Tudo o que é necessário é a passagem do tempo, uma calma interna, diversificação ampla e minimização de transações e taxas. Ainda, investidores nunca podem se esquecer que suas despesas são a receita de Wall Street. E, ao contrário do meu macado, Trabalhadores de Wall Street não trabalham por amendoins.
Se você tem interesse em ler essas cartas, elas estão disponíveis no tecnológico site da Berkshire.
Mas, se você quiser uma solução mais prática para acompanhar a evolução de pensamento de uma das mentes mais brilhantes do século XX, você pode ler no seu kindle ou na internet aqui.
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