esperança e inspiração
Ontem tive a oportunidade de me sentir velho (e útil).
Tudo começou com um e-mail curiosamente formal, onde me chamaram de Sr. Otto (um tipo de tratamento que só recebo no check-in de hotel). Era uma mensagem dos coordenadores da LEBand, a liga de empreendedorismo dos alunos do colégio Bandeirantes em SP, com um convite para falar um pouco da história da Mais Mu para os membros dessa liga.
Minha resposta foi “será um prazer falar com vocês, especialmente se a conversa for presencial” (desculpa, metaverso, mas algumas coisas são melhores no offline).
A verdade é que eu gosto muito dessas ligas.
Quando eu e o Neto começamos a Mais Mu, a LEFGV (liga da FGV) estava começando. Falar sobre empreendedorismo não era tão sexy como é hoje. Na verdade, empreender era desincentivado pela faculdade.
Naquela época, entre 2015 e 2016, a moda era trabalhar em banco de investimento ou consultoria. Empreender era “coisa de maluco” (às vezes penso o que seria dos banqueiros e consultores sem os empreendedores).
Para você ter ideia, ainda estavamos na faculdade quando tivemos a ideia de apresentar a Mais Mu para mais alunos. Fomos atrás da diretoria para ver se poderíamos colocar uma mesinha com os produtos perto da entrada da faculdade.
Eles foram generosos o suficiente para permitir que colocássemos essa mesa, mas só depois de pagarmos quase R$3.000,00 para a área de eventos da faculdade (quase 10% do capital inicial pra começar o negócio).
Sorte que alguns amigos nos ajudaram a pagar essa conta. No final, a professora que criou esse “incentivo” me ensinou uma coisa importante: não dependa da escola para tirar seus projetos do papel.
Estou compartilhando tudo isso porque me enche de esperança ver uma turma tão jovem se interessar por um assunto tão relevante. Não só a sala estava cheia quando fui falar, mas todos esperaram mais de 2 horas para poder ouvir um pouco sobre empreendedorismo. A última aula deles acabou perto das 13h e a minha fala foi só as 15:30.
No final, ouvi perguntas extremamente relevantes (que nunca ouvi de nenhum adulto aspirante a empreendedor), como: “como você lida com seus erros?”.
No final, essa é a turma da esperança. E tive a sorte de ser, por alguns minutos, inspiração para eles.
Tudo isso mexeu comigo (não vou mentir, escrevo esse texto emocionado).
Fiquei pensando que ter uma vida de sucesso se parece muito com:
“ser a esperança dos mais velhos e a inspiração dos mais novos”.
Pense um pouco sobre isso.
“ser a esperança dos mais velhos e a inspiração dos mais novos”.
É muito fácil olhar pros exemplos de sucesso e se inspirar. Mas, esse tipo de inspiração não traz esperança. Pelo menos não pra mim. É só quando vejo a ingenuidade corajosa dos mais novos que a esperança aparece. Mas, infelizmente, é comum a gente dar pouca bola pros mais novos (quem perte o show somos nós).
À essa turma que me encheu de esperança, obrigado.
Eu aprendi mais com vocês do que sou capaz de ensinar.
Pra você que chegou até aqui, vou passar pra você as duas principais lições que compartilhei com eles. Coisas que eu gostaria de ter ouvido nos meus 16 - 17 anos.
seja curioso, corajoso e consistente. Isso te garante adaptação e crescimento constantes.
não mude quem você é para se encaixar; seja quem você é e encontre um lugar onde você se caiba. Parece igual, mas é completamente diferente.
Muito obrigado e vaMU junto =)